MEGUILLAH
Meguilah está destinado aqueles que amam a boa teologia, anseiam por um reavivamento da fé genuína e bíblica. Sem a pretensão de sermos donos da verdade, mas, de erguermos à lume as verdades absolutas das Escrituras sagradas, publicando estudos, sermões, outros artigos que possam promover a edificação e o crescimento teológico e bíblico do povo de Deus.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
E A GRAÇA NÃO FOI BARATA
É tão maravilhoso fruir a graça de Deus! Mas, é bom saber que a graça é um favor de Deus sobre nossas vidas, porém, cabe salientar que ela é o favor imerecido de Deus a nós. Quer dizer: graça é algo que recebemos sem merecer, no dizer de Paulo “a gratuidade da graça”, ou seja, a graça é de graça para você e para mim. Mas, a graça não foi gratuita para Deus, não! Ela custou um alto preço. Para que a graça se manifestasse de forma abundante e poderosa, Ele teve que abrir mão daquilo que lhe era mais querido, o Seu “Filho Amado”, no qual estava todo o seu prazer (Mt 17:5). A graça nos veio de forma profusa e imensurável como um gesto altruísta do amo de Pai (Jo 3:16); e pelo amor sacrificial de Cristo Jesus demonstrado sem precedentes na Cruz do Calvário (Ef 5:2). Ela custou caro! Custou o sangue de Cristo, precioso, carmesim e sem defeito (1Pd 1:18-19). Então, nós que somos objetos dessa maravilhosa graça, devemos nos alegrar com indizível alegria; e deve brotar em nossos corações uma gratidão que se expresse por meio de um contínuo louvor ao Deus Pai e também ao Deus Filho. Mas, a nossa dívida também inclui a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Deus Espírito Santo, pois, a obra da nossa salvação é uma obra da Trindade. Como diz Pedro fomos: “eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo...” (1Pd 1:2). O Pai nos escolheu, o Filho morreu por nós e o Espírito Santo aplica em nós a maravilhosa obra da redenção. Então, a graça pela qual ou, na qual fomos salvos é uma graça que para nós não custou absolutamente nada, nem se quer um mínimo esforço ou, o mais leve movimento de nossa parta. Mas, Deus para que a graça seja eficiente em nossa vidas continua trabalhando, como diz Jesus: “...Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5:17). Assim é que é enquanto você descansa na graça, o Deus triúno trabalha para que a Sua soberana graça haja em nós de forma poderosa, salvatícia e transformadora. O que nos resta? Somente gratidão por tão insigne obra realizada por Deus em nosso favor. Quando você chegar no céu e alguém lhe perguntar: como você chegou aqui? Hás de cantar: “Foi graça irmão! Graça irmão! Superabundante graça! Foi só pela graça de Jesus que eu venci e cheguei aqui.”
Pr. Rafael Ribeiro.
domingo, 3 de abril de 2016
sábado, 2 de abril de 2016
sábado, 30 de novembro de 2013
CREIO EM AVIVAMENTO
O
termo “avivamento” tem sido usado para designar momentos específicos na
história da Igreja em que
Deus visitou seu povo de maneira especial, pelo Espírito,
trazendo quebrantamento espiritual, arrependimento dos pecados, mudança de
vidas, renovação da fé e dos compromissos com ele, de tal forma que as igrejas,
assim renovadas, produzem um impacto distinto e perceptível no mundo ao seu
redor. Entre os exemplos mais conhecidos está o grande avivamento acontecido na
Inglaterra e Estados Unidos durante o século XVIII, associado aos nomes de
George Whitefield, João Wesley e Jonathan Edwards. Há registros também de
poderosos avivamentos ocorridos na Coréia, China, África do Sul. Há vários
livros que trazem o histórico dos avivamentos espirituais mais conhecidos.
“Avivamento” é uma palavra muito gasta hoje. Ela está no meio evangélico há alguns séculos. As diferentes tradições empregam-na de várias formas distintas. O termo remonta ao período dos puritanos (séc. XVII), embora o fenômeno em si seja bem mais antigo, dependendo do significado com que empregarmos o termo. O período da Reforma protestante, por exemplo, pode ser considerado como um dos maiores avivamentos espirituais já ocorridos.
Há diversas obras clássicas que tratam do assunto. Elas usam a palavra “avivamento” no mesmo sentido que “reavivamento”, isto é, a revivificação da religião experimental na vida de cristãos individuais ou mesmo coletivamente, em igrejas, cidades e até países inteiros. Vários puritanos escreveram extensas obras sobre o assunto, como Robert Fleming [1630-1694], The Fulfilling of the Scripture, Jonathan Edwards [1703-1758] em várias obras e um dos mais extensos e famosos, John Gillies [1712-1796], Historical Collections Relating to Remarkable Periods of the Success of the Gospel [Coleção de Registros Históricos de Períodos Notáveis do Sucesso do Evangelho].
Mas, não foi por ai que eu comecei. O primeiro livro que li sobre avivamento foi Avivamento: a ciência de um milagre, da Editora Betânia. Eu era recém convertido e o livro me foi doado por um pastor que percebeu meu interesse pelo assunto. O livro tratava do ministério de Charles Finney, que ministrou nos Estados Unidos no século XIX, e registrava eventos extraordinários que acompanhavam as suas pregações, como conversões de cidades inteiras. Além das histórias, o livro trazia extratos de obras do próprio Finney onde ele falava sobre avivamento. Para Finney, um reavivamento espiritual era o resultado do emprego de leis espirituais, tanto quanto uma colheita é o resultado das leis naturais que regem o plantio. Não era, portanto, um milagre, algo sobrenatural. Se os crentes se arrependerem de seus pecados, orarem e jejuarem o suficiente, então Deus necessariamente derramará seu Espírito em poder, para converter os incrédulos e santificar os crentes. Para Finney, avivamento é resultado direto do esforço dos crentes
As ideias de Finney marcaram o início de minha vida cristã. Hoje, muitos anos e muitos outros livros depois, entendo o que não poderia ter entendido à época. Finney era semi-pelagiano e arminiano, e muito do que ele ensinou e praticou nas reuniões de avivamento que realizou era resultado direto da sua compreensão de que o homem não nascia pecador, que era perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo a oferta do Evangelho, sem a ajuda do Espírito Santo. As idéias de Finney sobre avivamento, principalmente o conceito de que o homem é capaz de produzir avivamento espiritual, influenciaram tremendamente setores inteiros do evangelicalismo e do pentecostalismo. Hoje, tenho outra concepção acerca do assunto.
Eu uso o termo avivamento no sentido tradicional usado pelos puritanos. E, portanto, creio que é seguro dizer que apesar de toda a agitação em torno do nome, o Brasil ainda não conheceu um verdadeiro avivamento espiritual. Depois de Finney, Billy Graham, do metodismo moderno e do pentecostalismo em geral, “avivamento” tem sido usado para designar cruzadas de evangelização, campanhas de santidade, reuniões onde se realizam curas e expulsões de demônios, ou pregações fervorosas. Mais recentemente, após o neopentecostalismo, avivamento é sinônimo de louvorzão, dançar no Espírito, ministração de louvor, show gospel, cair no Espírito, etc. etc. Nesse sentido, muitos acham que está havendo um grande avivamento no Brasil. Eu não consigo concordar. Continuo orando por um avivamento no Brasil. Acho que ainda precisamos de um, pelos seguintes motivos:
1. Apesar do crescimento numérico, os evangélicos não têm feito diferença na sociedade brasileira quanto à ética, usos e costumes, como uma força que influencia a cultura para o bem, para melhor. Historicamente, os avivamentos espirituais foram responsáveis diretos por transformações de cidades inteiras, mudanças de leis e transformação de culturas. Durante o grande avivamento em Northampton, dois séculos atrás, bares, prostíbulos e casernas foram fechados, por falta de clientes e pela conversão dos proprietários. A Inglaterra e a Escócia foram completamente transformadas por avivamentos há 400 anos.
2. Há muito show, muita música, muito louvor – mas pouco ensino bíblico. Nunca os evangélicos cantaram tanto e nunca foram tão analfabetos de Bíblia. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da palavra de Deus. Quando o Espírito de Deus está agindo de fato, ele desperta o povo de Deus para a Palavra. Ele gera amor e interesse nos corações pela revelação inspirada e final de Deus. Durante os avivamentos históricos, as multidões se reuniam durante horas para ouvir a pregação da Palavra de Deus, para ler as Escrituras, à semelhança do avivamento acontecido na época de Esdras em Israel, quando o povo de Deus se quedou em pé por horas somente ouvindo a exposição da Palavra de Deus. Não vemos nada parecido hoje. A venda de CDs e DVDs com shows gospel cresce em proporção geométrica no Brasil e ultrapassa em muito a venda de Bíblias.
3. Há muitos suspiros, gemidos, sussurros, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas ao alto, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção de pecado, mudança de vida e santidade. Faz alguns anos recebi um convite para pregar numa determinada comunidade sobre santidade. O convite dizia em linhas gerais que o povo de Deus no Brasil havia experimentado nas últimas décadas ondas sobre ondas de avivamento. “O vento do Senhor tem soprado renovação sobre nós”, dizia o convite, mencionando em seguida como uma das evidências o surgimento de uma nova onda de louvor e adoração, com bandas diferentes que “conseguem aquecer os nossos ambientes de culto”. O convite reconhecia, porém, que ainda havia muito que alcançar. Existia especialmente um assunto que não tinha recebido muita ênfase, dizia o convite, que era a santidade. E acrescentava: “Sentimos que precisamos batalhar por santidade. Por isto, estamos marcando uma conferência sobre Santidade...” Ou seja, pode haver avivamento sem santidade! Durante um verdadeiro avivamento, contudo, os corações são quebrantados, há profunda convicção de pecado da parte dos crentes, gemidos de angústia por haverem quebrado a lei de Deus, uma profunda consciência da corrupção interior do coração, que acaba por levar os crentes a reformar suas vidas, a se tornarem mais sérios em seus compromissos com Deus, a mudar realmente de vida.
4. Um avivamento promove a união dos verdadeiros crentes em torno dos pontos centrais do Evangelho. Historicamente, durante os avivamentos, diferenças foram esquecidas, brigas antigas foram postas de lado, mágoas passadas foram perdoadas. A consciência da presença de Deus era tão grande que os crentes se uniram para pregar a Palavra aos pecadores, distribuir Bíblias, socorrer os necessitados e enviar missionários. Em pleno apartheid na África do Sul, estive em Kwasizabantu, local onde irrompeu um grande avivamento espiritual em 1966, trazendo a conversão de milhares de zulus, tswanas e africaners. Foi ali que vi pela primeira vez na África do Sul as diferentes tribos negras de mãos dadas com os brancos, em culto e adoração ao Senhor que os havia resgatado.
5. Um avivamento dissipa o nevoeiro moral cinzento em que vivem os cristãos e que lhes impede de ver com clareza o certo e o errado, e a distinguir um do outro. Durante a operação intensa do Espírito de Deus, o pecado é visto em suas verdadeiras cores, suas consequências são seriamente avaliadas. A verdade também é reconhecida e abraçada. A diferença entre a Igreja e o mundo se torna visível. Fazem alguns anos experimentei um pouco disso, numa ocasião muito especial. Durante a pregação num domingo à noite de um sermão absolutamente comum em uma grande igreja em Recife fui surpreendido pelo súbito interesse intenso das pessoas presentes pelo assunto, que era a necessidade de colocarmos nossa vida em ordem diante de Deus. Ao final da mensagem, sem que houvesse apelo ou qualquer sugestão nesse sentido, dezenas de pessoas se levantaram e vieram à frente, confessando seus pecados, confissões tremendas entrecortadas por lágrimas e soluços. O culto prolongou-se por mais algumas horas. E era um culto numa igreja presbiteriana! O clima estava saturado pela consciência da presença de Deus e os crentes não podiam fazer outra coisa senão humilhar-se diante da santidade do Senhor.
6.
Um avivamento espiritual traz coragem e ousadia para que os cristãos assumam
sua postura de crentes e posição firme contra o erro, levantando-se contra a
tibieza, frouxidão e covardia moral que marca a nossa época.
7. Um avivamento espiritual desperta os corações dos crentes e os enche de amor pelos perdidos. Muitos dos missionários que no século passado viajaram mundo afora pregando o Evangelho foram despertados em reuniões e pregações ocorridas em tempos de avivamento espiritual. Os avivamentos ocorridos nos Estados Unidos no século XIX produziram centenas e centenas de vocações missionárias e coincidem com o período das chamadas missões de fé. Em meados do século passado houve dezenas de avivamentos espirituais em colégios e universidades americanas. Faz alguns anos ouvi Dr. Russell Shedd dizer que foi chamado para ser missionário durante seu tempo de colégio, quando houve um reavivamento espiritual surpreendente entre os alunos, que durou alguns dias. Naquela época, uma centena de jovens dedicou a vida a Cristo, e entre eles o próprio Shedd.
Não ignoro o outro lado dos avivamentos. Quando Deus começa a agir, o diabo se alevanta com todas as suas forças. Avivamentos são sempre misturados. Há uma mescla de verdade e erro, de emoções genuínas e falsas, de conversões verdadeiras e de imitações, experiências reais com Deus e mero emocionalismo. Em alguns casos, houve rachas, divisões e brigas. Todavia, pesadas todas as coisas, creio que um avivamento ainda vale a pena.
Ao contrário de Finney, não creio que um avivamento possa ser produzido pelos crentes. Todavia, junto com Lloyd-Jones, Spurgeon, Nettleton, Whitefield e os puritanos, acredito que posso clamar a Deus por um, humilhar-me diante dele e pedir que ele comece
Só lamento em tudo isso que os abusos para com o termo “avivamento” tem feito com que os reformados falem pouco desse tema. E pior, que orem pouco por ele.
Augustus Nicodemus tempora-mores.blogspot.com
terça-feira, 19 de novembro de 2013
DESAFIOS DE UM MUNDO MODERNO, TER OU SER?
Vivemos
num tempo de constantes mudanças tecnológicas, percebemos um avanço acelerado
nas descobertas científicas, a comunicação se tornou tão fácil que está à mercê
de um click ou, de um toque digital as notícias correm o mundo
aceleradamente e nada pode frear a mídia. Observamos nesse tempo de mudanças,
que o homem como ser social, também, está em constante mudança; cada vez mais
livre de preconceitos, cada vez mais interagindo com a sociedade por meio dos recursos
de comunicação, etc. Mas, também, percebemos algo que não é nada bom, pois, a
humanidade vem se distanciando paulatinamente de Deus. Jesus afirmou que nos
últimos dias a iniquidade se multiplicaria e, o amor se esfriaria de quase
todos (Mt 24.12). O mundo atual está repleto de seres humanos; são cerca de
sete bilhões de pessoas nesse velho planeta vivendo o “corre corre” da vida
moderna, num mundo cheio de premências. O discurso da vez é: “você precisa
ter”. O consumismo exacerbado toca até mesmo os mais humildes, pois, o
marketismo moderno faz o cidadão ter a constante impressão de que está sempre
faltando alguma coisa para que ele seja feliz. Na verdade, essa mensagem
marketista, encontra um vácuo no coração da maioria das pessoas, pois, a falta
de Deus em suas vidas lhes comunica uma insatisfação constante, e não sabendo
como preencher essa lacuna espiritual, indivíduos de todas as idades e classes
sociais buscam refúgio em coisas. Infelizmente, essa busca pela felicidade, ou autossatisfação,
tem levado o ser humano por caminhos escabrosos, escorregadios. É difícil hoje
encontrar uma família que não esteja sofrendo com tristes realidades como:
alcoolismo, toxicomania, desvios de moral e de caráter que levam a crimes; em
fim, uma verdadeira degradação da sociedade, que atinge a família e, também, a
própria Igreja. Mas, estamos no mundo para buscarmos satisfação pessoal ou,
glorificarmos a Deus? Nós cristãos devemos buscar a simplicidade, o amor à
comunhão com Deus e com o próximo. Só Cristo pode preencher os espaços vazios
da nossa alma e nos fazer seres felizes e, plenamente realizados. As nossas
escolhas têm que ser diferente das escolhas mundanas. Devemos focar o nosso
esforço em “ser” e, não em “ter”. Ser é incomparavelmente melhor do que ter, pois,
os grandes vultos da história, são na maioria das vezes, lembrados por aquilo
que foram ou que fizeram de significativo, não por aquilo que possuíram.
Precisamos viver o Evangelho puro e simples nesse contexto conturbado, para que
os homens vejam as nossas obras e, glorifiquem a Deus (1Pd 2.12). “Viver o
evangelho é dedicar sua vida em favor ao próximo (independente de quem ele
seja, irmão, gentio ou samaritano). Cabe-nos uma escolha hoje: viver o
evangelho de Cristo ou viver para nossos próprios prazeres. O apóstolo Paulo
assim define quem escolhe a segunda opção: "a que vive para os prazeres,
ainda que esteja viva, está morta" (1Tm 5:6).”[1].
Amados irmãos, esforcemo-nos para viver o nosso Cristianismo da melhor maneira
possível, pois, cristianismo não é religião, é uma nova forma de viver. A
religião tem por fim religar o homem a Deus, mas, o Cristianismo traz Deus até
o homem. Na religião o homem por seu esforço busca a Deus, mas, no
Cristianismo, é Deus quem busca o homem: “Porque o Filho do Homem veio buscar
e salvar o perdido” (Lc 19.10). Se é Deus quem nos busca, a nossa busca por
Deus é resposta aos apelos divinos: “buscai o SENHOR enquanto se pode achar,
invocai-o enquanto está perto. (Is 556).
Concluindo, queremos dizer, que não há nada errado em se possuir coisas, porém,
o desafio é um equilíbrio entre o “ter” e o “ser” e, para nós cristãos, o “ser”
deve ser mais relevante.
Pr. Rafael Ribeiro
terça-feira, 9 de julho de 2013
HISTÓRIAS DE AVIVAMENTO - JOHN WESLEY - AVIVAMENTO WESLEYANO
"Eu me coloco em chamas, e o povo vem para me ver queimar" - John Wesley
(respondendo à pergunta de como ele atraía as multidões)
"Eu considero todo o mundo como a minha
paróquia; em qualquer parte que eu esteja, eu considero que é certo, correto e
o meu sagrado dever declarar a todos que estejam dispostos a ouvir, as boas
novas da salvação."- John Wesley
"Dai-me cem homens que nada temam senão o
pecado, e que nada desejam senão a Deus, e eu abalarei o mundo." - John Wesley
(Citações do livro "On Earth as it is in
Heaven" por Stephen L Hill)
O Grande Reavivamento dos anos 1739 - 91 é
freqüentemente chamado de Reavivamento Wesleyano. É que, embora Deus tivesse
usado grandemente George Whitefield, os dois irmãos Wesley e dúzias de
pregadores leigos para acender o fogo de reavivamento, John Wesley pregou em
mais lugares, a mais pessoas e durante um maior número de anos do que os
outros. Ele também fez mais para conservar o fruto do reavivamento. John Wesley
foi claremente o líder escolhido por Deus para este impressionante
despertamento espiritual. - Wesley Duewel, O Fogo de
Reavivamento
John Wesley nasceu
no dia 17 de junho de 1703, em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra. Com dezessete
anos ele começou estudar teologia na faculdade de Oxford, e recebeu sua diploma
de bacharel em 1724 e seu doutorado em 1727. Ele foi consagrado ministro da
igreja Anglicana (Igreja da Inglaterra) em 1724. John continuou na faculdade de
Oxford, onde ele era membro do Conselho da Faculdade Lincoln e professor de
grego.
Em 1729 Charles
Wesley, o irmão de John, e mais dois estudantes começaram um pequeno grupo que
se reunia para oração, estudo bíblico e encorajamento mútuo. John logo
tornou-se o líder do grupo, que era chamado o "Clube Santo". Eles
usavam um sistema metódico de auto-exame e auto-disciplina, e por este motivo
foram chamados de 'metodistas' por alguns. O grupo nunca cresceu muito,
variando entre 10 e 15 membros, com um máximo de 25. Um outro jovem chamado
George Whitefield juntou-se ao grupo depois de alguns anos, tornando-se um
grande amigo de John Wesley.
Em outubro de 1735
John e Charles Wesley viajavam para América como missionários, porém depois de
um pouco mais que dois anos, John voltou a Inglaterra, em fevereiro de 1738,
preocupado com sua própria salvação. "Fui para a América converter os
índios", ele lamentou, "mas, oh, quem vai me converter?". Poucos
meses depois, no dia 24 de maio, John teve uma experiência na qual ele obteve a
certeza da sua salvação pelá fé. Poucos anos depois, John e outros membros do Clube Santo tiveram uma experiência poderosa de enchimento com o poder do Espírito
Santo:
No dia do Ano Novo, 1739, John
e Charles Wesley, George Whitefield e mais quatro membros do Clube Santo
fizeram uma festa de amor [santa
ceia] em Londres. 'Cerca de três da manhã, enquanto
estávamos orando, o poder de Deus caiu tremendamente sobre nós, a tal ponto que
muitos gritaram de alegria e outros caíram ao chão (vencidos pelo poder de
Deus). Tão logo nos recobramos um pouco dessa reverência e surpresa na presença
da Sua majestade, começamos a cantar a uma voz: "Nós te louvamos, ó Deus;
Te reconhecemos como Senhor"'. Este evento foi chamado de Pentecoste
Metodista. - Wesley Duewel, O Fogo de
Reavivamento
A partir deste dia, um grande avivamento começou. Dentro de um mês e meio, George Whitefield estava pregando para multidões de milhares, com John Wesley fazendo o mesmo dentro de três meses. Com apenas 22 anos de idade, Whitefield começou a pregar ao ar livre:
As multidões aumentavam diariamente até chegar a vinte
mil ouvintes. Os mais ricos ficavam sentados em seus coches e outros em seus
cavalos. Alguns sentavam nas árvores e em toda parte o povo se reunia para
ouvir Whitefield pregar. Todos eram às vezes levados a chorar, conforme o
Espírito de Deus descia sobre eles.
Whitefield continuava insistindo com Wesley para ir a
Bristol e ajudá-lo. Em abril, Wesley ficou ao lado de Whitefield em Kingswood,
ainda questionando se era adequado falar fora do prédio da igreja. Naquela
noite Whitefield pregou sobre o Sermão do Monte. De repente compreendeu que
Jesus também pregara ao ar livre. Whitefield voltou a Londres e no dia seguinte
Wesley pregou então a três mil ao ar livre em Kingswood. Ele permaneceu em
Bristol durante dois meses, mais ocupado do que nunca. Seus cultos das 7 horas
da manhã de domingo geralmente tinham de cinco mil a seis mil ouvintes.
Ali, para surpresa de Wesley, ele começou a observar o Espírito
Santo convencendo poderosamente as pessoas de seus pecados enquanto pregava.
Indivíduos bem vestidos, amadurecidos, repentinamente gritavam como se
estivessem em agonia. Tanto homens como mulheres, dentro e fora dos prédios das
igrejas, tremiam e caíam no chão, Quando Wesley interrompeu seu sermão e orava
em favor deles, logo encontravam paz e rejubilavam-se em Cristo.
Um quacre [membro de uma seita evangélica],
grandemente aborrecido com os gemidos e gritos das pessoas que eram convencidas
de seus pecados, foi repentinamente atirado ao chão em profunda agonia por seus
próprios pecados. Depois de Wesley ter orado, o quacre exclamou: "Agora
sei que és um profeta do Senhor". Cenas similares ocorreram em Londres e
Newcastle. Wesley não encorajava essas reações emocionais e declarou que
poderia haver casos de fingimento. Ele falava sempre em voz calma e controlada,
sem mostrar emoção. Mas reconheceu também que o poder de Deus estava operando,
convencendo e transformando pessoa após pessoa.
Wesley Duewel, O Fogo de Reavivamento
Whitefield continuo pregando a milhares, na Inglaterra e
nos Estados Unidos, até sua morte, aos 56 anos, em 1770. Ele e o John Wesley
tiveram uma diferença de teologia, com o Whitefield se tornando calvinista e
associando-se à igreja Presbiteriana, porém os dois permaneceram grandes
amigos. Sabendo das suas diferenças doutrinárias, alguém perguntou a Whitefield
se ele achava que iria ver o John Wesley no céu. "Temo que não", ele
respondeu, "ele estará tão perto do trono eterno, e nos tão distantes, que
quase não veremos ele".
O ministério de evangelismo do Wesley continuou a
crescer, e ele começou a criar "sociedades de avivamento" nos lugares
onde ele ministrava. Este grupos pequenos se reuniam para oração, encorajamento
e estudo bíblico. No início Wesley encorajava os grupos a permanecer na Igreja
na Inglaterra, mas diferenças com a igreja a respeita a seu estilo de pregação
ao ar livre, sua mensagem de salvação pela fé, e sua utilização de leigos como
pregadores e líderes das sociedades, levou ao estabelecimento da
igreja Metodista.
John Wesley viajou extensivamente, na Inglaterra e na America,
e o fogo de avivamento se espalhou rapidamente. Em agosto de 1770 havia 29.406
membros, 121 pregadores e 50 zonas na Inglaterra e 4 pregadores e 100 capelas
nos Estados Unidos. Quando Wesley morreu, no dia 2 de março de 1791, havia mais
de 120.000 metodistas nas suas sociedades.
Extraído de: www.avivamentoja.com
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